Durante a apresentação dos reforços para a temporada, na sexta-feira (7), a coordenadora de futebol feminino do Santos, Thais Picarte, reconheceu erros na montagem do elenco do clube na temporada passada, que determinou o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
A coordenadora de futebol feminino do Santos reconheceu que erros aconteceram ao longo da última temporada, especialmente no planejamento para a Libertadores. Ela destacou as dificuldades enfrentadas na montagem do elenco, que exigiram contratações no mercado internacional, e admitiu que algumas jogadoras não corresponderam às expectativas.
“Com certeza houve erros. Não podemos eximir-nos das responsabilidades. Peguei a equipe em janeiro, tínhamos um ano importante de Libertadores, cenário difícil para montar equipe. Tivemos que ir ao mercado internacional para contratar atletas. Erros e acertos para contratações, que vieram para ajudar e muitas vezes não puderam dar da maneira que esperávamos”, aponta.
Em relação ao aprendizado, ressaltou a importância de impor suas ideias com mais firmeza. Segundo ela, a comissão técnica teve maior participação nas decisões para 2025, desde a escolha das atletas até a definição dos profissionais envolvidos. O objetivo, segundo a dirigente, é garantir um ambiente mais profissional dentro do clube.
“Então, de aprendizado, talvez impor um pouco mais os meus pensamentos e ideias. Este ano, eu impus, junto com a comissão, quais atletas queríamos, como iríamos trabalhar, quais profissionais deveriam estar. Impor um ambiente profissional”, afirma Picarte.
Picarte também afirmou que a profissionalização do futebol feminino no Santos foi um pedido da diretoria desde sua chegada, em janeiro do ano passado. No entanto, reconheceu que essa meta não foi plenamente alcançada no início. Agora, com a implementação de uma metodologia de trabalho para as Sereias da Vila, ela acredita que o time caminha para uma evolução, com um modelo de jogo bem definido e um alinhamento entre comissão técnica e jogadoras.
“Estamos aqui para profissionalizar o departamento de futebol feminino do Santos. Isso me foi pedido em janeiro do ano passado, na primeira reunião, e não conseguimos naquele início. E talvez ser realmente mais incisiva nessas questões. Profissionalismo, que sempre foi característica forte da minha carreira, e realmente ter essa troca e esse intercâmbio de ideias com a comissão. Estamos entrelaçados com a comissão em pensamento, forma de jogar… implementamos metodologia para as Sereias da Vila, que não existia. De aprendizado fica a evolução e que realmente a gente precisa imprimir o que precisamos, nem que seja preciso bater o pé e ser mais firmes”, completou.