Mãe e atleta, Suzane Pires comemora retorno após gravidez: ‘Muita gente duvidou’

Por: Guilherme Lesnok | 3 de abril de 2025 | 20:38
Gauther pai, Gauther filho e Suzane Pires (Foto: Reprodução)

A meio-campista Suzane Pires deu um depoimento ao Santos, no qual abriu o coração sobre os desafios de conciliar a maternidade com a carreira no futebol. A camisa 8 é mãe de Gauther Pires Cardozo, de 5 anos.

Suzana Pires revelou que o apoio da família foi fundamental para seu retorno ao futebol após a maternidade. Em entrevista, ela destacou que, ao engravidar, chegou a duvidar se voltaria a jogar, deixando seu sonho de lado por um tempo. 

“Ah, eu acho que foi muito o suporte da minha família, né? Do meu marido, dos meus pais, do meu sogro, da minha sogra. Depois que engravidei, minha vida mudou totalmente. Eu não sabia se voltaria a jogar ou não. Até ele fazer um ano de idade, eu não tinha mais isso em mente. Deixava esse sonho meio de lado, não deixava o coração bater mais forte muitas vezes. Mas depois, quando ele estava perto de fazer dois anos, meu marido, minha família e algumas meninas com quem já joguei vieram falar comigo e disseram: ‘Não, Suzane, você ainda tem muito para dar ao futebol. Volta, você consegue’. Então, todo esse apoio e essa motivação de familiares e amigos ajudaram muito”, disse a atleta.

O retorno aos gramados, no entanto, não foi fácil. A atleta admitiu que enfrentou desafios físicos e ceticismo por parte de algumas pessoas.

“Foi tenso no começo. Confesso que, quando voltei, meus músculos não estavam mais da mesma forma. Muita gente duvidou, teve um olhar crítico e disse que eu não voltaria a ser o que era antes, mais fisicamente do que tecnicamente. Muitas vezes chego em casa bem cansada do treino, principalmente na pré-temporada, mas o Gauthinho, meu filho, não está nem aí. Ele quer brincar, jogar bola, brincar com os brinquedos dele e quer que a gente esteja lá presente. Não são só os brinquedos ou a bola, é estar lá com ele. Então, é um pouco difícil, mas eu sempre digo que o corpo descansa, e a mente também descansa porque, quando estou brincando com ele, esqueço de tudo e estou ali, naquele momento”, explicou.

Suzana também refletiu sobre os desafios das atletas que se tornam mães no futebol feminino. Diferente do que ocorre no futebol masculino, onde a paternidade não interfere diretamente na carreira dos jogadores, as mulheres precisam interromper suas trajetórias para a gestação e os cuidados iniciais com o bebê. 

“Quem sonha em ser mãe e atleta pode, sim, realizar esse sonho. Sabemos que, no futebol feminino, quando você é mãe, sua carreira para, o que é diferente do masculino. O homem se torna pai e a vida continua, mas nós precisamos dessa pausa na carreira por conta da gravidez e de tudo mais. Só que é possível! Como eu disse, eu acreditava que não voltaria a jogar, mas tudo aconteceu de uma forma maravilhosa. Então, se eu consegui, vocês também podem conseguir”, finalizou.

Gauther vem dando seus primeiros passos no futebol na Paris Saint Germain Academy, do PSG, onde meninos e meninas de 4 a 19 anos, nos níveis iniciante, intermediário e avançado, treinam utilizando uma metodologia própria que vem diretamente de Paris. O modelo de treino segue o mesmo padrão utilizado nas categorias de base até o profissional do clube francês.

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