O técnico Caio Couto lamentou a eliminação do Santos para o América-MG nesta quarta-feira (7) e comentou a frustração da equipe após a queda na Copa do Brasil. Derrotado por 1 a 0, o time santista se despediu da competição nas oitavas de final.
Apesar do resultado, Caio Couto avaliou positivamente a atuação do Santos, especialmente no primeiro tempo, e destacou que a equipe criou chances claras para abrir o placar. Para o treinador, o futebol acabou sendo ingrato com o desempenho apresentado.
“Sabíamos que enfrentaríamos um adversário com três atacantes de velocidade. Pela característica da nossa equipe, que costuma ter mais a posse, o adversário veio com um bloco mais médio para baixo para tentar, na transição, o êxito e obter um bom resultado. Essa é a característica da equipe do América, que joga com duas meias, atua muito por dentro e trabalha bastante na transição. É um time que atua pouco pelos lados. Então entendíamos que, quando tivéssemos a bola num bloco mais exposto do adversário, precisaríamos rodar bastante o jogo, fazer trocas de corredores para, com isso, conseguir superioridade numérica ou vantagem posicional pelos lados do campo, preencher a área, fazer cruzamentos e chegar ao gol com qualidade”, disse.
“Entendo que fizemos um grande primeiro tempo, mas o futebol penaliza. Tivemos chances claras, muito claras. Poderíamos, com tranquilidade e sem nenhuma loucura da minha parte, no mesmo jogo que eu enxerguei e vocês enxergaram, ter um resultado de dois ou três a zero na primeira etapa. No segundo tempo, tomamos um gol logo no início, que ainda não vimos com detalhes”, seguiu.
Caio também fez críticas à arbitragem, apontando falta de pulso para conter a cera do América-MG durante o segundo tempo. Segundo ele, a postura permissiva do árbitro prejudicou o andamento do jogo e tirou o ritmo da partida.
“Falar de arbitragem é ruim, porque parece que estamos querendo arrumar uma muleta para justificar o insucesso. Mas não se trata disso. Estamos falando de futebol feminino, e isso vale também para o masculino. O torcedor que paga ingresso, ou entra de forma gratuita, seja como for, vai ao estádio para ver jogo, para ver espetáculo, para ver a bola rolando. E quem tem o comando dentro das quatro linhas é a arbitragem. É ela quem pode ser positiva para impedir que esse tipo de atitude aconteça ou permissiva ao permitir que continue”, explica.
“Infelizmente, hoje vimos uma arbitragem com pouca decisão, pouca personalidade e sem pulso firme, permitindo que o adversário passasse o segundo tempo inteiro com jogadora de linha caindo, duas ao mesmo tempo, a goleira caindo, gandula escondendo bola. Ou seja, aquele futebol arcaico, feio, que não é o que o Santos busca fazer. Queremos o crescimento da modalidade, bons jogos. Queremos proporcionar à imprensa e ao torcedor partidas bacanas, agradáveis, para que cada vez mais o público entenda que vale a pena vir ao estádio ver o futebol feminino, que também tem qualidade”, conclui.
O Santos agora volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro A2. Na próxima segunda-feira (11), o Peixe encara o Atlético Mineiro na Arena MRV, na partida de ida das semifinais do Campeonato Brasileiro A2. A bola rola às 21h.