O Conselho Deliberativo do Santos aprovou, por unanimidade, o balanço financeiro referente ao exercício de 2024 da gestão do presidente Marcelo Teixeira, em reunião realizada nesta segunda-feira (7). A decisão seguiu a recomendação do Conselho Fiscal, que não encontrou nenhum impedimento para a aprovação das contas e ressaltou que a administração está no caminho certo para a reconstrução do clube.
O parecer favorável do Conselho Fiscal foi baseado na auditoria realizada pela Macso Legate Auditores Independentes, que também não apontou nenhuma irregularidade. Após análise dos demonstrativos contábeis e financeiros, os conselheiros concordaram em aprovar o balanço da gestão Marcelo Teixeira.
Os demonstrativos financeiros do Exercício de 2024 registraram inicialmente um superávit operacional contábil de R$ 58 milhões, com R$ 459 milhões de receita e R$ 401 milhões de custos e despesas. Considerando as provisões para demandas judiciais, despesas e receitas financeiras, amortizações e depreciações, houve um déficit contábil final de R$ 105 milhões.
Segundo nota divulgada pelo clube, o déficit financeiro registrado foi em grande parte devido à contabilização de valores referentes a provisões e demandas judiciais, totalizando R$ 43 milhões. No entanto, a maior parte desse montante foi equilibrada por meio de acordos realizados no âmbito do Plano Coletivo CNRD – Câmara Nacional de Resolução de Disputas, que possibilitou importantes negociações em 2025.
O maior impacto nas despesas e receitas do clube veio da atualização pela Taxa Selic dos parcelamentos do Profut, Perse e Parcelamento Simplificado, além dos encargos financeiros de empréstimos, tanto os anteriores quanto os novos, que foram contratados em condições mais favoráveis. Também foi registrado um total de R$ 73 milhões em atualizações de multas e pagamentos referentes a Transfer Ban, originados de operações realizadas na gestão anterior. Por fim, o clube contabilizou R$ 44 milhões em amortizações de contratos de atletas e R$ 2,5 milhões em depreciações de bens imobilizados.
A gestão registrou uma receita superior à prevista para 2024. O valor realizado atingiu R$ 459 milhões, enquanto o orçamento inicial foi de R$ 394 milhões.
O clube ainda informou que, apesar do déficit financeiro inicial de R$ 62 milhões, foi possível equilibrar as contas por meio de antecipações de receitas, empréstimos em condições favoráveis, e negociações estratégicas com o Grupo Libra e patrocinadores. Isso permitiu quitar débitos com transfers, salários atrasados, contratos de atletas e acordos trabalhistas, além de manter as certidões negativas de débitos em dia, com destaque para a gestão do endividamento, que atingiu 30,99%.
“A aprovação das contas do Exercício de 2024, por unanimidade, pelo Conselho Deliberativo representa um grande apoio à nossa gestão. Isso é fundamental e nos estimula a continuar trabalhando para reconstruir definitivamente o nosso clube”, afirma Marcelo Teixeira.
