Olá Nação Santista, talvez você esteja se perguntando: dá para tirar alguma coisa boa de um ano trágico para as Sereias da Vila? Eu entendo muito esse questionamento, porque, mesmo com o título da Copa Paulista, um prêmio de consolação, 2024 para o futebol feminino do Santos não foi bom. Foi péssimo!
Mas, antes de falar do ano, vamos falar do jogo: ao contrário do que muitos de nós falamos, analisamos e imaginamos, o Santos jogou um primeiro tempo arrasador, como foi contra o São José, fazendo 3 gols em pouco espaço de tempo, com Thaisinha, aos 8′, Carol Baiana, aos 26′ e Ketlen, aos 34′ do 1ºT. No segundo tempo, as alterações e até o cansaço por conta dessa correria no primeiro tempo, fez o Santos caiu de rendimento, fazendo com o que o Red Bull Bragantino jogasse um pouco melhor, pecaram nas finalizações, as Sereias também tentaram muito; o impressionante foi a quantidade de tempo que o jogo ficou parado, com muitas faltas. A árbitra, Ana Caroline D’Eleutério, foi muito mal na questão disciplinar.
Nos pênaltis, brilhou a estrela de Karen Hipólito, ela defendeu duas cobranças na série. Thaisinha, Nath, Camila Martins e Ana Carla acertaram e deram o bicampeonato da Copa Paulista ao Peixe.
Agora, vamos falar do ano. Apesar do título, inesperado para muitos de nós, não esconde o desastre que foi o 2024 das Sereias da Vila. Um inédito rebaixamento para a Série A2 do Brasileirão, uma saída nos pênaltis na Libertadores (após fazer a melhor campanha da primeira fase) e não conseguir se classificar para as semifinais do Campeonato Paulista (nos levando a disputar a Copa Paulista) fizeram o torcedor das Sereias ficarem com raiva e tristes nesta temporada.
E o principal nome que simboliza esse ano se chama Thaís Picarte, a coordenadora de futebol do Santos, indicada pelo presidente Marcelo Teixeira. Com péssimas contratações e reposições piores ainda (apesar de gostar de algumas contratações pontuais, que ajudaram de alguma forma), algumas atitudes erradas (como se importar mais em ser comentarista de um canal de TV e ir para um evento da La Liga ao invés de estar em decisões importantes) colocaram Thaís no olho do furacão.
Além de Picarte, o presidente do clube, para alguns, também é responsável pelo ano terrível das Sereias; ele, que durante a campanha que o elegeu em 2023, colocou o futebol feminino como um dos pilares de sua administração. Para 2025, tudo gira em torno da permanência ou não da Thaís, a decisão está nas mãos do presidente Marcelo Teixeira e do CEO Paulo Bracks.
No elenco, algumas mudanças precisam ser feitas. Tem jogadoras que já mostraram que não tem condição de continuar com a camisa do Santos, muitas delas tem contrato até 2025, muitas que podem agregar valor a este time; mas precisa reforçar o elenco, precisa garimpar as outras séries do futebol brasileiro, garimpar a base, começar a reconstrução de agora. As Sereias terão só duas competições ano que vem: Brasileirão A2 e Paulistão e precisamos ter um time, no mínimo, competitivo para a grande batalha que nos espera ano que vem.
QUE A RECONSTRUÇÃO COMECE AGORA!