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Tatiele exalta o Santos, mas vê Colo-Colo em evolução e pronto para vitória: “Totais condições”

Tati Silveira vive boa fase no Colo-Colo, do Chile (Foto: Divulgação)

No cenário atual do futebol feminino, o reencontro de Tatiele Silveira com o Santos promete ser um momento carregado de significados. A treinadora, que passou pelo clube em um período desafiador e agora comanda o Colo-Colo (CHI), irá se deparar com o time paulista em um confronto decisivo pela Libertadores.

Enquanto o Santos vem de vitória por 5 a 0 contra o Always Ready, da Bolívia, o time comandado pela brasileira perdeu de vitória por 2 a 1 na estreia da competição.

Em entrevista exclusiva ao Portal Sereias, Tatiele Silveira compartilhou suas impressões sobre esse reencontro, as mudanças no cenário do futebol feminino na América do Sul e também falou sobre o rebaixamento do Peixe.

Lições aprendidas e reencontro com o Santos

Tatiele Silveira chegou ao Santos em junho de 2021, no lugar de Chris Lessa, que havia pedido demissão. Pelo time da Vila, foram 34 partidas, 16 vitórias, cinco empates e 13 derrotas. Durante o período, foi vice-campeã da Brasil Ladies Cup e avançou para as fases eliminatórias do Brasileirão.

Ter feito parte da história do clube sempre será gratificante, mágoa nenhuma, fiz grandes amigos por lá e tenho um carinho enorme por todos que estiveram do meu lado. Às vezes os objetivos que planejamos durante o processo levam mais tempo, interpretar e absorver uma nova metodologia, filosofia de trabalho, ideias de jogo, conceitos. O trabalho foi realizado com muita competência e profissionalismo fora das quatro linhas, mas lamentavelmente não alcançamos os objetivos desportivos que almejamos em campo”, disse Tatiele.

Apesar do trabalho não ter saído como imaginado, a treinadora não escondeu o carinho pelo Santos. Tatiele também destacou as forças do Peixe, mesmo com o recente rebaixamento.

“Será um reencontro especial. Minha passagem pelo Santos me traz boas recordações e ter a oportunidade de enfrentá-las na Libertadores será muito importante para a nossa equipe. E por mais que o Santos tenha sido rebaixado, não podemos desprezar a força do elenco e o peso da camisa. Elas conhecem a competição, temos que respeitá-las como nossas adversárias, e buscar ao máximo impor o nosso estilo de jogo para sairmos com a vitória”, explica.

“Nós estamos nos preparando para um grande jogo e temos estudado todas as possibilidades no estilo de jogo do Santos. Esperamos um jogo difícil, mas com totais condições de fazermos um bom trabalho e conquistarmos os três pontos”, completou.

Tatiele passou pelo Santos em 2021 (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)

A surpresa do rebaixamento

Refletindo sobre o rebaixamento das Sereias, Tatiele expressa que, por conta da grandeza do clube, a queda foi uma surpresa.

“Pela grandeza do clube e história no futebol feminino, de certa forma pega de surpresa sim. Mas ao mesmo tempo, quando falamos em rebaixamento, é algo que não acontece por acaso e envolve várias questões que juntas ocasionam essa baixa”, afirma.

Evolução do futebol feminino na América do Sul

Tatiele observa com otimismo o crescimento do futebol feminino na América do Sul, citando o sucesso da Colômbia na Copa do Mundo e da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris, na França, quando ficou com a medalha de prata.

“Cada vez mais o futebol feminino tem evoluído pelo mundo e na América do Sul não tem sido diferente. É um processo que exige atenção, tempo e investimento. Vimos a Colômbia fazer uma ótima Copa do Mundo, o Brasil chegou na final das Olimpíadas, e são êxitos que dão força na continuidade de um trabalho que precisa de constância”, pontua.

A treinadora foi anunciada pelo Colo-Colo (CHI) no dia 06 de julho de 2023 e fez a sua primeira partida em amistoso diante do Flamengo. Tatiele se tornou a primeira mulher campeã do Campeonato Chileno Feminino na história do Colo-Colo após uma temporada perfeita tendo a melhor campanha, mais partidas ganhas, melhor ataque e segunda melhor defesa. Para ela, as condições oferecidas pelo clube chilena faz o trabalho funcionar da melhor forma.

“Aqui no Chile, por exemplo, posso dizer com propriedade que o Colo-Colo me dá muitas condições para a realização de um bom trabalho e aos poucos temos conquistado bons resultados. E gradativamente, vemos que o Campeonato Chileno Feminino também tem evoluído e passo a passo vamos trabalhando para continuar crescendo”, finalizou.

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